Curso de Formação Educação das Relações Étnico Raciais é encerrado com Colóquio
Fonte: http://www.ifg.edu.br/goias/index.php/component/content/article/1-latest-news/1542-capacitacao
“Xangô, o rei da justiça nos abençoe, nos dê cabeça boa para carregar a coroa”. Foi com esse canto iorubá que Robson Max de Oliveira, fundador e presidente do Espaço Cultural Vila Esperança, abriu a programação de ontem, dia 24 de novembro, que encerrou o Curso de Formação em Educação para as Relações Étnico Raciais, ofertado aos servidores do IFG-câmpus Cidade de Goiás desde o mês de setembro.
Robson fez questão de falar em Xangô, orixá da justiça, para lembrar toda a injustiça sofrida pelos povos do continente africano na história da colonização e para fazer um convite à reflexão sobre a luta por uma educação mais justa que viabilize um futuro diferente aos descendentes desses povos.
Após a abertura com muita comida, dança e cantos africanos, Paulino Cardoso, professor da Universidade Estadual de Santa Catarina e presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros foi convidado a iniciar sua fala com o objetivo de fechar o curso e fortalecer a ideia de criação de um Nucleo de Estudos Afrobrasileiros no IFG. “É importante a criação dos nucleos das instituições, por meio da criação do NEAB em Santa Catarina, conseguimos aplicar as políticas de cotas na nossa Universidade. Agora precisamos pensar sobre os desafios que teremos de agora em diante para nos aproximarmos da igualdade”.
Paulino Cardoso foi um precursor a pensar a desigualdade social dentro das instiuições de ensino, especialista na história das sociedades de origem africana, propôs a criação das disciplinas “História da África” e “História da diáspora africana nas americas” dentro da grade curricular dos cursos superiores em História. Desde 2003, com a lei 10.639, a temática afrobrasleira se tornou obrigatória também nos currículos do ensino fundamental e médio. Apesar disso, muitos alunos ainda não conhecem a contribuição histórico e social dos descendentes africanos ao país. Por isso, a iniciativa do curso para a sensibilização e instrumentalização de professores e servidores para trabalhar a temática no IFG.
Comunicação Social/ IFG – Câmpus Cidade de Goiás