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Afoxé Ayó Delê recebe Prêmio Patrimônio Cultural dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana

O projeto Afoxé Ayó Delê, do Espaço Cultural Vila Esperança, da cidade de Goiás, é um dos vencedores do Prêmio Patrimônio Cultural dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana – Edital do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial (PNPI) 2014. A solenidade de premiação foi ontem, em Salvador (BA), em um dia de celebrações dedicadas ao patrimônio cultural afro-brasileiro.

A premiação, promovida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), tem como objetivo reconhecer ações de preservação, valorização e documentação já realizadas e que mereçam divulgação e reconhecimento público, devido a sua originalidade, excepcionalidade ou caráter exemplar. A iniciativa teve a participação de 157 instituições de todo o Brasil e premiou 31 delas, divididas em duas categorias, somando R$ 840 mil em premiação.

O Afoxé Ayó Delê foi um dos aprovados na Categoria 2, que premiou os projetos com R$ 24 mil cada, contemplando ações de preservação desenvolvidas por associações representativas dos povos e comunidades tra­­dicionais de matriz africana (comunidades de terreiro) no Brasil. O projeto da Cidade de Goiás se encaixou no item de ações voltadas à valorização e promoção de iniciativas sociais que envolvam a comunidade, mediações de conflitos e formação para gestão dos membros dos terreiros e comunidades do entorno.

Criado em 2000, o Afoxé Ayó Delê é parte do projeto social, educativo e cultural do Espaço Cultural Vila Esperança, voltado para as crianças da Escola Pluricultural Odé Kayodê. O projeto é considerado uma ação afirmativa, que ultrapassa a função de entretenimento cultural, configurando-se em forma de luta por meio da palavra cantada, da música e da beleza afro-brasileiras.

Essa primeira edição do Prêmio integra as metas do Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana (2013-2015), uma iniciativa de caráter interministerial coordenada pela Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade Racial (Seppir). A cerimônia de entrega da premiação foi realizada no salão nobre do Palácio Rio Branco, antiga sede do governo baiano, com a presença do Ministro da Cultura Juca Ferreira e da Presidente do Iphan, Jurema Machado.

fonte: ohoje.com/jornal

 

 

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