Crianças e educadores festejam mais um ano na escola da Vila Esperança.
Foi numa quarta-feira de Xangô em que a Escola Pluricultural Odé Kayodê completou seus 18 anos com festa e homenagens. São dezoito anos com reconhecimento pelo MEC, no entanto a Odé Kayodê atua como projeto educativo na Vila Esperança desde os anos 1990.
Nascimento da Escola
A ideia começou a tomar forma em 1995 através da colaboração oferecida a três escolas públicas de Goiás, em acordo com a Regional de Ensino de Goiás. A Vila Esperança ofereceu nesta ocasião, gratuitamente, seu espaço e atividades lúdicas, artísticas e culturais interligadas ao currículo escolar através do planejamento feito com as professoras. E assim, em um ambiente estimulante e criativo alternaram-se durante este ano as turmas do antigo pré-escolar das três escolas. Usufruindo de estruturas e materiais enriquecedores, foi oferecida a oportunidade de iniciarem um novo processo de alfabetização e metodologias mais dinâmicas na área da matemática, história, ecologia e artes. No ano de 1996 essa forma de colaboração continuou com apenas uma turma de alunos matriculados na Escola Estadual Dom Abel, mas freqüentes diariamente na “Vila”. Idealizamos e procuramos realizar hoje uma escola com rosto latino-americano e uma escola “pública” eficiente.
Odé Kayodê
Maria Stella de Azevedo Santos, Mãe Stella de Oxóssi, Odé Kayode, (Salvador, 2 de maio de 1925 – Santo Antônio de Jesus, 27 de dezembro de 2018) foi a quinta Iyalorixá do Ilê Axé Opó Afonjá em Salvador, Bahia. Ao longo da vida recebeu prêmios e reconhecimentos. Em 2013, foi eleita por unanimidade para ocupar a cadeira 33 da Academia de Letras da Bahia, cujo patrono é o poeta Castro Alves. Escreveu livros como “Meu Tempo é Agora ” (1991) e “Epé Laiyé- terra viva” de 2009. Em 1999, Mãe Stella conseguiu o tombamento do Ilê Axé Opô Afonjá pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), órgão ligado ao Ministério da Cultura.