Inspirados pelo Mito Iorubá “A greve das barrigas”, seguimos nossos estudos no mês de maio. O Mito narra a organização das Ayabás (lideradas por Oxum) para reivindicar diretos em um momento em que os homens decidem que elas não participariam das decisões coletivas. Dessa forma nosso olhar foi direcionado à realidade das mulheres e mães em nossa sociedade atual e como isso impacta na forma como construímos perspectivas de uma cidadania efetiva para todas as pessoas.
O mês de Maio é marcado pela homenagem a “Mãe”, pelo Afoxé Ayó Delê e mais em geral, ao que gera vida. Juntamos os dois aspectos propondo, na primeira semana, a preparação de um presente para “Mãe”. Foi disponibilizado um vaso para que as crianças o decorassem. No decorrer da oficina pintamos o vaso, misturando tinta guache e cola, deixando espaço para a criatividade e a singularidade de cada criança. O resultado foi uma variedade de vasos com desenhos e escritas distintos e diversificados. A segunda oficina do mês abordou a temática da “Maternidade” na Arte oferecendo algumas referências que contemplassem artistas, lugares e tempos diferentes. Foram apresentadas: Tarsila do Amaral, Elza de Oliveira Sousa, Carybé, Lasar Segal, David Alfaro Siqueiros e Njideka Akunyili Crosby. Os estilos diferentes permitiram uma influência interessante na proposta prática do laboratório que convidou as crianças na elaboração da “Maternidade” com o próprio e específico olhar, através do desenho e, em alguns casos, da colagem. Aproveitamos da terceira semana para proporcionar uma oficina teórica e prática sobre as cores. Apresentamos o artista Piet Mondrian e Simon Cooper que oferecem diferentes possibilidades de representação através do uso exclusivo das cores primárias. As crianças utilizaram as cores primárias de tinta guache para descobrir, através das combinações entre essas, as cores resultantes ou secundárias.