Encontro de formação promovido pelo Espaço Cultural Vila Esperança ocorreu no dia 10 de abril com Dra.Rosinalda Simoni Olaseni e Drando. Robson max BABÁ FATOKI.
Sueli Carneiro afirmou uma vez que “o negro chega antes da pessoa”, ressaltando os desafios enfrentados pelos negros no Brasil. Esta colocação reflete a complexidade do racismo estrutural que permeia nossa sociedade. Reconhecendo a escola como um espaço de acolhimento e inclusão de todas as culturas e corpos, a Vila Esperança sediou o segundo encontro de educadores antirracistas da Odé Kayodé. Este evento proporcionou uma oportunidade para educadores se reunirem e refletirem sobre conceitos fundamentais para compreender as dinâmicas raciais do Brasil, como colonialidade, branquitudes e pretitutes.
Durante o encontro, no Quilombo da Vila Esperança, os participantes mergulharam em discussões profundas sobre como ser um educador antirracista em um país marcado pela diversidade e, ao mesmo tempo, pela persistência do racismo. Conceitos como branquitude e pretitude foram explorados, revelando as diferentes realidades vivenciadas por cada educador e familiar. A troca de experiências e a reflexão sobre tais conceitos são fundamentais para a construção de novos caminhos na educação.
Marah Jullia, mãe do Antonio, estudante da Escola Pluricultural Odé Kayodê, compartilhou sua experiência transformadora ao participar da formação oferecida pela Vila Esperança. Ela destacou a maturidade e avanço da perspectiva decolonial apresentada, ressaltando que as lições aprendidas na Vila Esperança são essenciais para uma verdadeira transformação social.
Outra participante, Karol, enfatizou a riqueza do encontro sobre educação antirracista, destacando a importância de compreender conceitos como branquitude para evitar cair no preconceito. Ela reconheceu a relevância de ouvir os mais velhos e aprender com as experiências decoloniais.
O encontro de educadores antirracistas na Vila Esperança foi mais do que uma simples reunião; foi um espaço de aprendizado, reflexão e transformação. Através da conscientização sobre as dinâmicas raciais do Brasil e do compromisso com a educação antirracista, os participantes estão pavimentando o caminho para uma sociedade mais justa.