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Crianças da Escola Pluricultural Odé Kayodê levam os Estudos Indígenas à Feira da Praça do João Francisco no Projeto “Literatura na Feira”

O professor José Humberto, do curso de Pedagogia da UFG – Campus Goiás, fez o seguinte relato:

Olá, comunidade, da Vila Esperança,

Em 1998 eu escrevi um texto que em algum momento dizia que é preciso olhar para se encantar. Acho que desde lá acredito muito nisso.

Nos encantamos pelo que vemos, sentimos e admiramos. E a graça da vida é se encantar. Vida sem encanto deve ser triste que só. Não deve ter esperança, pois pra mim, esperança é a filha do encanto.

Passo por aqui, a essas horas, para parabenizar o trabalho das educadoras e educadores da Escola Odé Kayodê. Hoje na feira do João Francisco, olhei e mais uma vez me encantei pelo trabalho de vocês e pelas crianças que vocês formam.

Meus alunos da graduação ficaram encantados, querendo ver, conversar e aprender com as crianças que tinham uma desenvoltura sem igual. No grupo da disciplina uma chusma de elogios, sobretudo, às crianças que leem tão bem, encaram o público com tanta vivacidade, e falam com verdade, não com ensaio. Uma aluna, no grupo, disse: “Gente essas crianças têm alguma coisa de diferente. Será o que é?” Eu, professor que sou, logo respondi: “Elas têm uma educação que possibilita que elas sejam crianças, aprendam como crianças e se permitam, pois são crianças”.

Todas as crianças de vocês são e dão um show à parte, mas hoje gostaria de dizer que Gael e Jorge deram um ‘showzaço’ de conhecimento e simpatia nos ensinando a jogar o ‘Jogo da Onça’. Regras, lógica, articulação, diálogo e estratégia. Parabéns aos pais, mães, responsáveis, educadores e educadoras que juntos constroem essa egrégora de ensino que não é preciso muito olhar, para encantar e amar.

Prof. José Humberto dos Anjos

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